segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Entrevista no jornal Eco da Tradição de Novembro

1. Por que você quer ser presidente do MTG?

Porque amo esta terra e as nossas tradições e tenho todo tempo disponível para trabalhar por este Movimento. Experiência e garra não me faltam, como já comprovei nos 12 mandatos de coordenador e posso morar em Porto Alegre para desempenhar esta função.

2. Se a chapa que você lidera for eleita, a gestão será focada em qual aspecto?

Manter o que está correto e é aceito pela maioria, sem criar novos eventos ou novas obrigações para as entidades ou para os tradicionalistas, buscando a excelência e a qualificação.
Rever o que não esta bem e nem sendo aceito pelos tradicionalistas;
Simplificar procedimentos, especialmente nos quatro eventos competitivos (CIRANDA CULTURAL DE PRENDAS, ENTREVEIRO CULTURAL DE PEÕES, FECARS e ENART). Para isso será nomeada uma comissão de análise que apresentará, em 60 dias, uma proposta a ser discutida e aprovada por Convenção Extraordinária específica para esse fim.

3. Na sua opinião, qual o principal avanço que o MTG teve nos últimos anos?

A partir da conscientização dos tradicionalistas, através dos cursos de aprimoramento, implantação do cartão tradicionalista, fortalecimento cultural e divulgação das nossas atividades, houve maior reconhecimento da importância do MTG para a nossa sociedade, o que acredito ser fundamental para o seu fortalecimento e consequente avanço.
4. E qual é a maior dificuldade enfrentada na atualidade?

Com a globalização o modismo chegando a todos os lares, com a facilidade de comunicação e acesso pleno à informação, enfrentamos a concorrência das “alternativas culturais” que, muitas vezes, são antagônicas aos nossos princípios e valores. Tudo isso causa confusão para a compreensão das pessoas, pois ao mesmo tempo que querem a modernidade também querem a preservação cultural e das tradições. Enfrentar essa aparente dicotomia é o grande desafio do Movimento para o futuro próximo.

5. A Fundação Cultural Gaúcha surgiu em 1980, com o intuito de dar respaldo ao MTG. Qual a sua visão em relação ao papel desempenhado pela Fundação?

A Fundação Cultural Gaúcha é o braço operacional do MTG e nisso tem papel importante a desempenhar. O seu estatuto e a sua estrutura foram pensados para o desempenho das funções de ordem econômica e de relacionamento comercial. Ela não tem a vocação associativa do MTG. Penso fortalecer a Fundação, porém, os mecanismos de controle precisam ser fortalecidos na mesma medida.

6. Como você pretende manter e fortalecer os eventos promovidos pela federação?

Os eventos são como combustível para o MTG. Sabemos que a cada dia há maior exigência e maior necessidade de organização e estrutura. Isso implica em maior necessidade de recursos financeiros o que somente pode ser resolvido ampliando as parcerias, seja com os poderes públicos, seja com a iniciativa privada. Um bom caminho já foi percorrido e vamos aproveitar a experiência acumulada para avançar e fazer dos eventos cada vez mais instrumentos de integração e participação dos tradicionalistas. Repito, precisamos tornar mais fácil e simplificada essa participação. Os eventos devem ter mais cunho cultural e festivo e menos cunho competitivo. Os eventos não podem servir para brigas entre os tradicionalistas.

7. O MTG, ao lado de diversos órgãos do governo, é um dos organizadores dos Festejos Farroupilhas do Estado. Como você acha que podem ser solucionados os problemas de incentivo ao evento?

Nesse aspecto já avançamos muito. Nos últimos dez anos tivemos um grande salto tanto na qualidade quanto no volume de atividades. O Movimento deve cada vez mais se colocar como protagonista e realizar o evento com transparência e focado na cultura. Isso nos credenciará, cada vez mais, a agregar parceiros públicos e incentivadores privados. Este é o típico evento que tem cunho histórico-cultural e serve como importante mecanismo de fomento ao turismo.

8. Desde o início do tradicionalismo gaúcho organizado, a juventude teve importante participação. Em sua administração, qual será o espaço reservado aos jovens?

O espaço não se impõe, se conquista, e os nossos jovens desde o início souberam ocupar seus espaços.
Quem fundou este Movimento?,Hoje mais de 80% dos nossos eventos são de jovens e o espaço está a espera de quem ocupe. Entendo que os jovens devem ter espaço garantido em todas as esferas do Movimento, seja em reuniões nas entidades, encontros regionais ou ainda em Congressos e Convenções. Porém, os jovens devem se preparar, estudar e colocar-se como peças importantes do movimento. Não basta reclamar e ficar esperando que os mais velhos resolvam seus problemas ou atendam aos seus anseios, precisamos de jovens participativos, não somente dançarinos ou laçadores, mas tradicionalistas que sabem o que estão fazendo e sabem onde querem chegar.

9. Por vezes, a mídia, importante formadora da opinião pública, não apresenta o MTG de maneira clara. Como você pretende manter o diálogo com os meios de comunicação?

O diálogo é fundamental. Nunca tive problemas com a imprensa no desempenho das minhas funções no Movimento. Faço um trabalho preocupado em cumprir o meu papel de maneira clara e objetiva, acreditando que a imprensa cumpra a dela com imparcialidade. Pretendo manter a assessoria de comunicação pois os profissionais da área são importantes para nos orientar nas situações mais delicadas.

10. E, para finalizar, como você se define como tradicionalista.

Sou um homem simples, de convicções definidas, um apaixonado pelas tradições e pela família, um defensor intransigente do nosso movimento, por isso a escolha da frase: “MTG sempre” como definidora das propostas da chapa que representamos.

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